domingo, 21 de julho de 2013

VIVA A LEI VIVA

BIOBOOK – o Livro Vivo a Ciência Aberta e a BrainNET Governe-se. É curioso como quanto mais autonomia individual uma rede parece possuir, mais vida própria parece ter a própria rede. Não somos apenas nós que pedimos para governar-se agora é o Governe-se que pede para se governar. É evidente que isto é apenas um insight mas não é ficção. Vide o experimento e o conceito de Nicolelis sobre a BrainNET. De fato a arquitetura que começa a emergir da forma aberta que decidimos adotar para a criacao coletiva ou melhor a co-criacao do software governe-se parece ir perfeitamente de encontro a visão de Nicolelis. De fato inspirado no BrainNET é possível abrir um pouco mais o governe-se já que ele mesmo pede. A arquitetura dos grupos que se conectam preservando a individualidade dos nodos, ou seja não constituindo os grupos em massas uniformes amorfas de vontades representadas, mas sim redes que compartilham uma mesma mensagem e se conhecem e reconhecem permite que a tomada de decisão coletiva ou a retomada da democracia direta em escala, de fato transcende a decisão politica. A arquitetura do sistema que estamos construindo pode ajudar a construir sistemas de informação compartilhada mais abertos e descentralizados. Ou mais especificamente, ajudar a reconstruir a concepção semântica da informação de uma forma menos autoritária monopolizada ou mais viva. Explico. As mesmas técnicas e algoritmos que utilizamos são análogos as estratégias que os participantes do sistema terão de utilizar para agregarem seus interesses comuns e formarem suas demandas e elaborarem suas normas podem ser usados (ainda com mais liberdade experimental) para formar grupos sem uma autoridade central para desenvolver a semântica do conhecimento. Não estamos falando de uma enciclopédia porque uma enciclopédia já é uma proposta de livro fechado ou morto. Mais que definir palavras, dissertar, a ideia é criar um livro vivo, leis vivas, definições em aberto. Onde cada pessoa tem sua conta. Cria seus artigos. E esses artigos podem ser abertos ou fechados. Elas os edita permanentemente como ou sem obrigação de manter os originais. Ela pode se associar a grupos para criar artigos coletivos. Não há temas fechados, proibidos, comentários são abertos, novamente o sistema faz o cruzamento dos temas e é capaz de produzir, uma aproximação dos indivíduos com conceitos similares, para discussão e co-criação, e finalmente a produção de arvores de conhecimento através da analise semântica uma compilação dos diferentes conceitos desmembrando-os em sua diversidade até a particularidade de cada autor, ou melhor semeador do conhecimento. Ela submete a outras pessoas ou a apreciação de comunidades formados, mas essas autoridades não tem poder de validação epistemológica ou mesmo censura da expressão não perante todo sistema. Somente perante si mesmo ou seus seguidores, ou melhor disseminadores que funcionam não como cultuadores ou idolatradas de um dogma, mas polinizadores de uma idéia que não é excludente, mas conexa. É, a Panarquia. Que pensada em rede de co-significados tem consequências epistemológicas para a própria concepção da ciência. Isso implica em definição de termos, questões descentralizadas, temos doxas consultadas, compartilhadas, criticadas... diferentes formas de interação e publicações; perspectivas de cada pessoas sobre determinado objeto, e a formação de consensos e dissensos que não quebram paradigmas científicos mas permitem a sua interação ainda que difusa dos contraditórios num mesmo espaço e tempo. As bases de autoformação desta razoabilidade critica para além da autoridade central fechada estruturada resistência as inovações é a arquitetura em rede P2P dinamicamente distribuída já descrita a arquexcratos. Mas para começar vamos o Governe-se.com Viva a lei viva. Governe-se.

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