terça-feira, 15 de outubro de 2013

Lobby cidadão

A Democracia 3.0 é uma utopia? Como seria possível constituir uma democracia p2p? Afinal de contas se a democracia direta digital depende de governos e governantes para serem adotadas, quem em as consciência supria que ela seria de boa vontade adotada por eles. É certo, a verdadeira democracia direta nunca será adotada, nem dada por graça nem benesse ela terá que ser conquistada por mérito, daqueles que se emancipam. Democracia é o Estado conquistado por uma Republica. O outrora alienado que negando servir a qualquer senhor e reconhecendo exatamente os mesmo direitos de liberdade em seus iguais constitui assim por consciência e sociedade um estado civil que o liberta da servidão e afirma a sua cidadania. Aquele pois que se declara livre, igual e solidário e reconhece no seu irmão esse direito libertário em verdade já é cidadão desta nova republica o que lhe faltam são apenas os meios legítimos para exercer a sua soberania. Na verdade o que falta ao cidadão não é algo que ele deveria ter como direito, é algo que jamais deveria ter sido tirado dele. E se lhe falta não é porque não se tenha de sobra, mas é justamente pelo contrario, é para que falte e falte muito para muito daquilo que essencial que se priva tanta gente de direitos e liberdades tão básicas econômicas, politicas e estéticas, Por que? Porque é desta diferença brutal gritante de acesso aquilo que é essencial capital é que produz e reproduz não apenas a riqueza mas o poder. Da privação dos meios nasce e se sustenta o poder. E é monopolizando os meios que se constitui todas as formas de poder. É por isso que o governe-se antes de tão somente um projeto de lei e rede social é um movimento pela obediência civil. Um movimento para quem deve obediência aos verdadeiros soberanos cumpram com humildade seu dever. É um movimento por Democracia Direta Digital, mas decidiu se constituir mais do que um instrumento de descentralização e distribuição democrática, tomou a decisão estratégica de se constituir como ferramenta de desmonopolização do poder. O sistema do governe-se possui diversos módulos para a difusão da democracia direita, porem um especialmente poderoso durante os períodos eleitorais é o que podemos chamar de lobby cidadão. Como sabemos nossos representantes e de qualquer lugar do mundo são tudo, ou melhor, são de todo o mundo menos nossos. Eles têm dono. Representam interesses seus por obvio e corporativos daqueles que bancam legal e ilegalmente sua posição. Esse lobby é feito com barganhas econômicas e politicas e midiáticas, por quem pode não por quem quer. Alienado de tudo isso esta o cidadão. Quando vota o cidadão, ele não tem um vinculo politico com o politico nem ele com o cidadão, mas o politico tem com a empresa, o banco a tv. Quando vota o cidadão, ele não tem um vinculo politico, mas o politico tem com os outros políticos quando o teatro acaba e as cortinas se fecham a representação acaba mas o jogo de poder e barganhas continuam. Quando o cidadão vota, ele não tem vinculo politico como o politico, mas as ONGs tem. De certo que dos tres é o elo mais fraco de todos. ONGs não compram, ONGs são compradas. É quem tem de detém o poder politico e econômico que vai financiar as campanhas e determinar as eleições. E quem vota, o que há para o cidadão consciente deste jogo de cartas marcadas fazer, além de uma revolução? Existe alguma falha nesta fraude contra a democracia que nos permita recuperar nossa soberania sem ter de enfrentar o monopólio da violência? Sim há. Nada nos impede de nos articularmos em grupos apartidários que votem somente fechado em peso no partido ou candidato que assine o termo de adesão as nossas demandas e exigências que manifestam a causa do grupo. Contudo sabendo que entre a assinatura eleição e cumprimento há uma abismo de precariedade de direitos do cidadão e escapes legais de suas obrigações para quem representa o poder publico. Cabe focar-se num primeiro momento evidentemente, numa única e simples causa: cortar o mal pela raiz. Eliminar os poderes do intermediário para fazer não fazer e desfazer e aumentar o do cidadão para mandar fazer e mandar embora quando não fizer, democracia direta digital. Mas lobby cidadão não é democracia direta. Não mas é o caminho para institucionaliza-la. E digo institucionaliza-la porque de fato ela já começou a existir. O que os politicos profissionais não entenderam ainda é que a democracia 3.0 já começou.O que plataformas como o governe-se se propôs a fazer é apenas dar voz, expressão articulada e organizada para um grito, uma manifestação que estava reprimida e que não encontra ainda canais para sua expressão e representação legal dentro do rito arcaico e burocrático e ultrapassado da velha democracia representativo moderna. Esse grito não é novo. Julgaram morto por não ter mais um caráter anarquista e revolucionário não conseguiram compreender que na verdade o movimento libertários encontrava finalmente sua forma organizada. Desde o pós-guerra seja na sua manifestação social das organizações não-governamentais, seja na sua manifestação tecnológica através da construção da internet, seja no movimento da contracultura, o que vemos é o nascer de uma sociedade não mais polarizada em mercados e governos e que exclui justamente o que há de mais importante: a sociedade, vemos uma sociedade que se torno consciente se sua existência e importância e que não quer mais ser representada por políticos ou propagandas, vemos cidadãos que querem ser atores sociais, sujeitos de sua própria historia, uma sociedade que atinge a maioridade e que não quer mais ser tutoreada, que se liberdade, e comportasse de forma emancipada porque tornou-se um ente inteligente não como massa ou mero conjunto de pessoas a serem conduzidas mas com rede ciente de suas identidades particular e coletiva. O que estamos vendo não é o levante de um povo, mas a emergência de um novo paradigma o em verdade o nascer de uma inteligência coletiva, pois assim como o mercado não é meramente uma ficção e apresenta seu comportamento e demanda seu espaço perante o estado, uma nova entidade se firma conceitual e materialmente como rede e inteligência coletiva integrada aos demais setores da sociedade. As tecnologias, os meios que darão expressão a essa nova força da sociedade nada mais são do que os meios necessários para o reequilíbrio de um novo status quo. Um novo estado de paz, um novo contrato social. Não excelências foi uma tecnologia que deu espaço para uma ideia antiga, foi uma o espirito de liberdade tão antigo quanto a própria vontade que deu forma as novas tecnologias que tornam obsoletos seus poderes. A democracia direta digital não é meramente uma mídia é o espaço interativo necessário a representação de um setor legitimo da sociedade nas nova republica que hão de vir da era da informação. Com todo respeito obrigado às autoridades, esta na hora de parar de querer governar os outros e começar a dar-se um pouco mais de governo a si mesmo. Governe-se.