quarta-feira, 10 de julho de 2013

Eles não entenderam nada: O e-governo não é a e-Democracia

Democracia Direta em Rede não é Caixinha de Sugestões eletrônica, não é digitalização da burocracia. De fato, repito a pergunta: a quem pertence a soberania ao povo ou ao Congresso? Temos contratos sociais ou contratos de Servidão voluntaria? Eles são nossos representantes ou nossos mandatários, nossos porta-vozes ou nossos senhores? São eles nossos funcionários ou nós seus súditos? A quem de fato esses atores políticos representam? Se tem o poder delegado de nos comandar mas são ainda sim meros representantes de fato da vontade alheia, a quem então eles representam? Não estou provocando, estou simplesmente interpretando um sentimento, um movimento, uma evolução, um grito que se continuar a ser sufocado irá se traduzir cada vez mais em violência. Não porque as manifestações sejam violentas, mas porque os manifestantes não encontram os canais institucionais para se manifestar. Tecnologia existe, a necessidade de adotá-la perto de uma ruptura completa e desordenada é evidente. Sou um otimista e creio que emergirá uma nova forma de democracia 3.0 quer o governo a coloque no ar, quer sejamos nós que a coloquemos ou não. Não é uma questão de quem, mas de quando. E quantos ainda terão ainda que sofrer as a consequência da falta de auto-organização, artificialmente produzida pela violência mono- políticas e monopolistas contra a liberdade. Se os políticos continuarem fingindo que não entenderam, serão varridos pela onda pacífica e auto organizada das redes nas ruas. A vontade como o direito que é difuso, não é desordenado, mas complexo , eles não são reformistas, oposicionistas ou anarquistas, nem jovens despolitizados ou apolitizados, eles não estão contra o governo, nem este nem aquele, eles não clamam pelo fim dos governos, eles clamam pelo seu direito de se governar. Eles? Eles não. Nós. Porque a res-publica é nossa. Como disse Manuel Castells: “Não há perigo de um golpe de Estado. Os corruptos e antidemocráticos já estão no poder: eles são a classe política.” “Todo mundo é o seu próprio líder.” Governe-se.

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