quinta-feira, 11 de novembro de 2010

BIG Bank

BANCO SOCIAL DA RENDA BÁSICA DE CIDADANIA

Liberdade por princípio, Paz por finalidade e o Capital como meio

 

Você já imaginou um Banco que ao invés de lhe cobrar para usar seu dinheiro lhe pagasse por isso?

Você já imaginou um Banco que ao invés de distribuir lucros e dividendos para donos e acionistas, ou bônus para executivos, bem ou mal sucedidos, usasse esse dinheiro para garantir a você uma renda justa todos os meses?

Você consegue imaginar um Banco que ao invés de lhe cobrar taxas, encargos e serviços retribuísse o direito de aplicar seu dinheiro não apenas com juros mas também com a garantia de uma renda básica incondicional por toda sua vida? Renda digna o suficiente para bancar você e sua liberdade real? Uma renda garantida mesmo naqueles momentos em que você não tem um centavo no bolso; e que estivesse sempre ali, disponível em sua conta a cada mês, sem que você precisasse pedir ou se humilhar a um gerente - ou quem quer que seja.

Você consegue imaginar este Banco? Capaz de conceder muito mais do que um crédito (ou beneficio) sem exigências de contrapartida ou condições; capaz de garantir uma verdadeira renda básica sem burocracia nem restrições; sim um Banco capaz de pagar todo mês uma renda básica incondicional, sem inquéritos, constrangimentos ou discriminação.

 Você consegue imaginar um Banco assim? Que respeita e garante seus direitos sem tentar julgar seus méritos, invadir sua privacidade, ou interferir na sua liberdade individual? Um Banco que é muito mais que uma instituição financeira, é a base de uma tecnologia social desenhada para tirar direitos universais do  papel; criada para garantir de fato o direito fundamental à vida e liberdade. Uma verdadeira instituição pública de interesse social, sem fins lucrativos, financiando sociedades livres, democráticas e autodeterminadas, sem intermédio de burocracias ou tecnocracias; de forma solidária e competitiva. Financiando a emancipação econômica e política de pessoas e comunidades e o mais importante: garantindo uma renda básica a você, sua família e a todos os membros de sua comunidade sem impostos ou imposições.

 Você já sonhou com um Banco assim? Um Banco que faz parte de toda uma estrutura dedicada ao desenvolvimento humano; que investe, circula e produz não apenas capital econômico, mas capital social. Um Banco capaz de erradicar a pobreza em todas as suas fases: material, cultural e política. Você já pensou que um Banco consegue fazer isso tudo? Não como marketing social ou compensação ambiental, mas porque esta é sua natureza, a sua razão de garantir uma renda digna e justa para todas; garantir que ninguém mais esteja excluído da sociedade?

Você já pensou que um Banco poderia ser assim?

Você pode, você consegue imaginar que um dia toda uma rede de segurança social e econômica sem fronteiras poderia ser bancada apenas com o rendimento das econômicas de cada indivíduo?

Você ousaria pensar que um Banco poderia ser assim? Ser o instrumento para garantir seus direitos ao mesmo tempo em que você cumpre sua responsabilidade social? E tudo isso sem pedir a você que doe nada nem se desfaça de nada do que você já possui, sem lhe pedir nada em troca além do que você já dá para os Bancos sem fins sociais; tudo isso, todo este capital de volta para você com juros como retribuição  a confiança do depósito de seu dinheiro.

E se esse Banco existisse? Um Banco que não o visse apenas como cliente, mas com investidor social; que não lhe tratasse como uma conta ou consumidor, mas sim como pessoa, cidadão. E se Banco já existisse? O Banco destinado a garantir a você uma renda digna e justa sem nenhum tipo de discriminação ou condição; um Banco dedicado a garantir uma renda básica a você não apenas naqueles momentos de adversidade, ou só na velhice, mas em todos os momentos da sua vida: enquanto busca por trabalho; constrói seu futuro; sai em busca de novos desafios; volta a estudar; recomeça sua vida; ou ainda, quando você decide simplesmente persistir, tentar mais uma vez... Enfim um Banco que tenha por meta garantir uma renda certa e sempre, para que você possa buscar seus sonhos, livre do medo de não ter como viver.

Um Banco para uma renda garantida à liberdade. Por que não?

Venha para Banco Social da Renda Básica de Cidadania, invista em sua segurança e liberdade, garanta uma renda básica para você, sua família, e sociedade. Junte-se ao nosso Banco e garanta já um futuro com liberdade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

BANCO SOCIAL DA RENDA BÁSICA DE CIDADANIA Crédito, Segurança Social e Cidadania

INTRODUÇÃO

Na proposta que se segue apresentaremos de forma sucinta os princípios, metas e diferenciar deste projeto denominado Banco Social da Renda Básica de Cidadania.

Não vamos nos concentrar nas soluções jurídico e administrativos já efetuadas para o projeto, porque o intuito deste texto é expor a base conceitual necessária a sua aplicação em acordo com as diferentes legislações e normas, vigentes num determinando local e momento.

Também não entraremos mais uma vez no mérito da Renda Básica de Cidadania, ou do modelo de Rede aplicado ao projeto-piloto de Quatinga Velho por considerar que já há subsídios suficientes que demonstram a efetividade e os resultados positivos já divulgados em artigos, trabalhos, relatórios e congressos, corroborados não só pela indicação este ano ao Prêmio Nobel Alternativo (Right Livelihood Award) mas também pelos resultados do primeiro estudo científico independente realizado pelo pesquisador Mathias Rudolph da Universidade de Lundenberg, Alemanha.

Concentraremos nossa apresentação etapa por etapa das estratégias de viabilização e sustentabilidade deste projeto visando sua implementação imediata, sem contudo fechar por demais nossas ações de modo a não permitir o aprimoramento possível e necessário provido pela própria execução do projeto.

I APRESENTAÇÃO

A OSCIP Instituto pela Revitalização da Cidadania, ReCivitas, após a experiência bem sucedida de Renda Básica de Cidadania em Quatinga Velho, abrirá para outras instituições, governamentais ou não-governamentais a possibilidade de replicar o modelo regido pelos princípios da democracia, autodeterminação e economicidade em outras localidades e sobretudo de modo sustentável através do financiamento do Banco Social da Renda Básica de Cidadania.

Para tanto, se utilizará da aplicação de rendimentos éticos, produtivos e pacíficos dos contribuintes sem dilapidação do capital, aliás, retornando este investimento inclusive financeiramente conforme a rentabilidade.

Este sistema pretende formar uma Rede de Seguridade onde cidadãos financiem a sua segurança social direto e automaticamente através da garantia de uma Renda Básica de Cidadania para todos por meio do rendimento de suas economias aplicadas. A melhor forma de promover redistribuição de renda e erradicação de pobreza dentro do espírito da liberdade.

O ponto de partida para este sistema é a transição das doações para o investimento social, não com o intuído de aferir lucro com o capital produzido nas comunidades abrangidas pela RBC, mas sim pelo contrário, de devolver este capital investido para todos os cidadãos a quem é de direito.

II DEFINIÇÃO

Banco Social destinado ao financiar a Renda Básica Universal através do rendimento das aplicações do capital dos investidores em economia solidária, microcrédito e formação de comunidades livres.

III META

Financiamento sustentável de rede de segurança social formada pela integração das comunidades livres abrangidas pela garantia da Renda Básica Universal.

IV OBJETIVOS

  • Financiamento sustentável da Renda Básica Universal;
  • Investimento ético e social;
  • Constituição de comunidade livres e democráticas;
  • Cumprimento do pacto social;
  • Neutralização da violência pela erradicação da privação;
  • Exercício pleno da cidadania;
  • Inclusão social e econômico;
  • Dinamização da economia;
  • Geração de capital;
  • Formação de Rede de Segurança Social;
  • Associativismo econômico e político;
  • Garantia de fato de direitos humanos.

V. ESTRATÉGIA DE VIABILIZAÇÃO

1. ASSOCIATIVISMO ECONOMICO

  • Celebração do contrato social entre ReCivitas e investidores para a aplicação do rendimento do capital na RBC.
  • Financiamento da comunidade base de Quatinga Velho.
  • Celebração de contrato de parceria com administradora de Fundo de investimento de renda fixa para a criação de Fundo Especifico e⁄ou destinação de parcela de Fundo preexistentes para a RBC.

2. MICROCRÉDITO – MOEDA SOCIAL

  • Aplicação do investimento social nos microempreendedores das comunidades abrangidas pela RBC e disponibilização de moeda social para uso de moradores e investidores em estabelecimentos comerciais e parceiros que promovam a economia solidária e fair trade.

3. COMUNIDADES LIVRES

  • Aplicação dos investimentos e financiamento de “repúblicas” e comunidades “democráticas” e mediação e gestão desta associações.
  • parcerias com instituições internacionais para a diversificação de investimento e expansão da rede de comunidades livres e localidades abrangidas pela RBC.
  • abertura de chamamento para novas comunidades livres
  • abertura de chamamento para novas localidades abrangidas pela RBC.
  • apresentação de projeto de lei de incentivo fiscal para os investidores da RBC.

VI. ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE

· Lançamento do manual, roteiro para constituição de comunidades livres fundamentadas na RBC;

· Contrato social com as localidades abrangidas baseadas na equação: de modo que promova a economia e politização local e todas as pessoa física e jurídicas passem a contribuir com rendimento de suas poupanças depositadas no banco de forma equitativa. Conforme seguinte processo:

Nos contratos sociais entre ReCivitas e membros das comunidades 3 pontos são essenciais:

O compromisso das PF e PJ presentes na comunidade depositarem suas contas no Banco Social da RBC.

A percentagem de rendimento pretendido as contas individuais e portanto a percentagem destinada a provisão da RBC e do fundo da localidade.

Por fim, o valor da RBC que a comunidade julga necessária neste local.

De acordo com a equação:

RBC = Percentual de rendimento de depósitos de pessoas físicas e jurídicas – percentual de rendimento destinado a cada conta ÷ pelo número de membros da comunidade

Note-se que se o valor final for inferior a RBC predefinida, esta poderá ser completada com a percentagem das demais contas de investidores destinados a este fim. Se pelo contrário, for superior, entrará imediatamente na composição do Fundo Permanente desta comunidade.

Nota-se: quanto mais aberta for a comunidade em termos de classes sociais, e maior for a cobrança desta comunidade sobre as PJ e PF que cumpram sua responsabilidade social, maior será a chance que esta comunidade se autofinancie e mais rápido será a formação de seu fundo permanente.

· Gestão e guarda por tempo indeterminado dos fundos permanentes criados para cada comunidade a partir dos excedente do pagamento da RBC;

· Parcela do rendimento destinada a cobrir todos os custos operacionais do banco e gestão de projeto de RBC, hoje a cargo único e exclusivamente do ReCivitas;

· Parceria com os micro empreendedores financiado pelo banco;

· Parceria com instituições bancarias para prestação de serviços;

· Parceria com instituições de cartão de crédito para gestão da moeda social.

VII. PROPONENTE

Investir em pessoas para formar cidadãos não é apenas uma visão, mas a própria missão que o ReCivitas, Instituto pela Revitalização da Cidadania vem, literalmente, cumprindo desde sua fundação em 7 de Outubro de 2006.

Trabalhando em rede com transparência e parceiros, mantendo sempre como norte nossos valores éticos fundamentais de Liberdade e Solidariedade; e nos valendo do princípio da confiança e reciprocidade, temos concretizado, gradual e cotidianamente, o objetivo de nossa instituição: de uma cidadania precária, tutoriada e passiva para uma cidadania plena, livre e ativa.

Porque Cidadania é direito a liberdade e segurança social, política e econômica. Ideal humano que só se realiza dentro e através da Sociedade Civil.

ReCivitas: Nós colocamos todo nosso capital no ser humano.

Projetos independentes, realizados e em andamento:

BIBLIOTECA E BRINQUEDOTECA LIVRE - Aprendendo a compartilhar: Ética, Cidadania e Respeito ao Bem Comum. Baseado na confiança o sistema prima pela simplicidade: cada pessoa (adulto ou criança) retira sem burocracia um livro e um brinquedo, bastando devolvê-los para pegar outros.

FFORDE 409 & 411: Recuperação e conservação do Patrimônio Histórico em Paranapiacaba. 409 e 411 são os endereços de dois membros do ReCivitas que moram, preservam e buscam recuperar este conjunto de casas históricas construídas em 1897 pela ferrovia inglesas SPR em plena Mata Atlântica.

FUNDO PERMANENTE DA RENDA BÁSICA DE CIDADANIA DE PARANAPIACABA - Fundo Monetário cujo rendimento se destina ao provimento de uma rede de segurança social aos moradores de Paranapiacaba, sustentada pelo pagamento incondicional de um renda básica condizente ao capital necessário à sua subsistência digna.

CONSÓRCIO DA RENDA BÁSICA DE CIDADANIA - QUATINGA VELHO - Consórcio de pessoas Físicas que realiza a primeira experiência do Brasil de garantia do direito a uma renda básica incondicional. Destinado a todos os membros da comunidade de Quatinga Velho sem nenhuma espécie de descriminação, burocracia ou cerceamento da liberdade e responsabilidade cívica.

BANCO SOCIAL DA RENDA BÁSICA DE CIDADANIA

CAPITAL E LIBERDADE

Se nosso aprendizado nestes 4 anos de busca obstinada pelo desenvolvimento humano pudesse ser resumido a algumas poucas palavras, diríamos que a chave para a transformação social está no Capital e na Liberdade seu perpétuo caminho.

Liberdade real, não o resto da subtração liberal entre “tudo aquilo que posso fazer por minha conta” e “tudo o que não me é proibido por aqueles que me cercam”. A verdadeira liberdade: produto libertário da somatória de capacidades, oportunidades e direitos garantidos a cada indivíduo, multiplicada pelas mesmas liberdades e direitos de (e para) todos os demais[1].

Isto é Liberdade. Mas e o Capital? Que Capital é esse que procuramos disponibilizar e compartilhar em nossos projetos? Um Capital que não se resume a renda; que não é meramente educação; nem tão pouco apenas democracia?

É o Capital em sua integralidade: é renda básica de cidadania; é informação; é democracia direta. Cada um isoladamente se constituindo por si só numa forma especifica de capital, ao mesmo tempo, que são faces de um mesmo capital que é uno, tridimensional e eminentemente social.

Isto é Capital: crédito, conhecimento e cidadania. Compreendemos o Capital como todos estes bens comuns, unidos e compostos cada qual por todos; e o Todo (o capital social) tridimensionado na interação entre cada esfera sem a exclusão de nenhuma das demais.

Assim como as esferas Econômicas, Cultural e Política se inter-relacionam (tri) tridimensionando a rede denominada sociedade. O capital produzido e compartilhado em cada uma destas dimensões compõe o que denominamos capital social ou simplesmente Capital.

Porque se a renda é capital econômico; se a educação é capital cultural; e se o associativismo é capital político, nenhuma das três deixa de ser composta pelas demais, nem pode ser ignorada na formação do Capital Social e conseqüentemente do próprio desenvolvimento humano.

O CONSÓRCIO DA RENDA BÁSICA DE CIDADANIA EM QUATINGA VELHO[2]

Tudo isso que numa primeira leitura pode parecer bastante abstrato, é para nós, hoje, a estrutura conceitual que norteia as práticas do ReCivitas em direção a Liberdade- sendo uma das principais razões para os resultados que temos obtido com a Renda Básica de Cidadania[3] em Quatinga Velho.

Contudo essa visão que nos norteia, embora estivesse presente em nossos princípios desde a fundação do ReCivitas, só viria a se estruturar e confirmar a partir da experiência em nossos projetos, ou, em outras palavras, na prática – como não poderia deixar de ser.

Nasceu e se impôs como resposta aos dilemas enfrentados por toda organização da sociedade civil que se dispõe não apenas a atuar, mas ir além, até a raiz do problema que se propôs enfrentar: a pobreza. Pobreza não apenas em seu sentido usual, mas total: a ausência de equilíbrio ou equidade na sociedade, a carência de capital social, presente, portanto, em todas as esferas da sociedade ainda que se dê maior ênfase a esta ou aquela geralmente a econômica, e cultural, raramente a política, e quase nunca a total - a Social.

Embora a distribuição de renda ganhe espaço graças ao sucesso dos programas governamentais - que merecem elogios por combater a pobreza econômica direto na raiz (dinheiro), e que com a mesma imparcialidade merece críticas, por fazê-lo de forma a disseminar a pobreza humana (cultural) e, sobretudo política, ao agregar condicionalidades[4] e obstáculos burocráticos que abrem espaço para o clientelismo e paternalismo junto com toda sorte de tecnocretinismos – a educação, quase sempre palavra destituída de qualquer outro significado maior, além de uma visão idílica dos depósitos de crianças denominados escolas, clama, insiste em chamar nossa atenção.

Quase como um reflexo condicionado, a educação que nós recebemos parece que nunca deixa de se repetir em nossa mente sua importância fundamental, ainda que não tenhamos a menor idéia do que é pedagogia, ou muito menos que o aprendizado que vai muito além do alcance das instituições de ensino.

É, portanto, perfeitamente desculpável nossa primeira reação de buscar na educação a solução única para todos os problemas sociais. Contudo, conforme defrontamos a realidade fora da perspectiva irreal do “observador e seu objeto de estudo”; conforme saímos do plano teórico para a experimentação, ou literal vivência dos problemas que fomos acostumados a “conhecer” de posições privilegiadas, vai ficando cada vez mais claro o quanto é impossível supor a instrumentalização da “promoção de consciências ambientais”, “da difusão de responsabilidades sociais”. Como falar de consciência, responsabilidade ou até mesmo direitos para pessoas submetidas a níveis de privação desumanos? Desumanas a ponto de não ter como pensar em outra coisa senão a sobrevivência imediata - e “imediata” quer dizer não amanhã, mas hoje. Como falar em futuro, onde não existem perspectivas? Como falar de abstrações onde de concreto não existe sequer o básico?

Trabalhando e, sobretudo, vivendo em condições de privação e destituição dos recursos mais fundamentais a vida e dignidade, se tornava enfim evidente (sensível) o inegável: é impossível qualquer desenvolvimento humano onde não existe a mínima garantia a sobrevivência.

Claro que uma renda básica garantida não seria a solução de todos os problemas, mas nenhum problema poderia sequer começar a ser resolvido sem ela. Pelo simples motivo que fazia absurda qualquer ação onde não existam direito a vida ou liberdade, uma renda básica incondicional era um primeiro passo essencial.

Contudo desta primeira certeza surgiriam, naturalmente, novas dúvidas: como garantir uma renda incondicional sem ferir a dignidade, a livre iniciativa, ou mesmo, interferir com a independência e responsabilidade de quem a recebe?

O conceito da Renda Básica Universal era a solução perfeita para esta questão à medida que sempre recompensava o trabalho; não promovia nenhum tipo de descriminação; e coibia a burocratização; mas o mais importante, não feria a dignidade, porque não se configurava como benesse ou assistência, mas sim direito (inclusive previsto em lei)[5].

Embora a incondicionalidade, inerente a definição da RBC, resolvesse muitos dos problemas relacionados à dependência, descriminação e clientelismo político, havia ainda uma questão que nem mesmo a incondicionalidade podia dar conta sozinha: o da geração de relações de poder inibidoras das livres relações geradoras do capital. Só seria possível eliminar os vícios tecnocráticos e coorporativos que coibiam o desenvolvimento dos ciclos virtuosos de confiança e reciprocidade em um modelo libertário que visasse a completa - ainda que necessariamente gradual - emancipação da comunidade política formada para e pela a RBC em democracia direta. Algo que conseguimos realizar pela adoção desde o inicio dos princípios de autodeterminação[6] e democracia direta[7] na comunidade pioneira de Quatinga Velho.

Para colocar em prática este modelo libertário ao longo destes 2 anos de projeto que se completam agora[8] nos valemos somente de contribuições voluntárias de pessoas físicas que financiam a RBC nesta comunidade. Um Consórcio de Cidadãos, pagando diretamente[9] a RBC para outros cidadãos. Modelo escolhido não apenas porque não encontramos apoio nem muito menos vontade política para que o poder público realize esse direito direto, como é seu dever, conforme a lei, mas porque o modelo de contribuições voluntárias é o mais coerentes como espírito não impositivo e coercitivo da RBC.

E se uma associação de pessoas dispostas a garantir a liberdade real para todos podem criar comunidades livres, democráticas e autodeterminadas, a associação (federação) destes núcleos também pode constituir uma verdadeira rede de segurança social, sociedades sem fronteiras, independentes e integradas. Por que não?

A erradicação (como a produção) da miséria em todas as suas dimensões não é só uma questão de vontade política (ou de governos,) mas essencialmente de economia política em sociedades livres - como sempre foi.

O BANCO SOCIAL

Solidariedade, mutualismo, associativismo e principalmente liberdade não são conceitos abstratos; podem e devem ser concretizados principalmente em sociedades democráticas que dispõe não apenas de livre mercado, mas de instituições financeiras e sistema monetário sólido o suficiente para tanto.

Ora se a RBC é capaz de erradicar a miséria é porque ela cria as condições fundamentais à segurança social (não-violência e não-privação) para o desenvolvimento humano e econômico. E se assim o faz é que não deve precisar de impostos nem imposições para se realizar, mas pura e simplesmente de capital para que se (re)produza também como capital. É passível sim, de incentivo e isenções fiscais, em modelo que talvez seria o único a se constituir como beneficio para toda a sociedade, não apenas porque não visa a mera acumulação financeira, mas também porque seu retorno incide diretamente na base econômica - podendo por esta razão gerar inclusive ganho de arrecadação para o próprio sistema tributário.

Eis porque da criação do Banco Social da Renda Básica de Cidadania, (o BIGBANK do artigo anterior), porque não é só perfeitamente possível implementar a RBC, é possível, e preferível, fazê-lo dentro do livre mercado com uma gestão democrática, competitiva e transparente que só uma instituição de interesse público da sociedade civil pode conferir.

Um Banco Social destinado a ser a instituição de financiamento destas comunidades democráticas formadas pelo contrato social de garantia ao direito a vida e liberdade através do instituto da Renda Básica Universal. O indutor descentralizado da criação desta Rede de Seguro Social sem Fronteiras – não como um modelo final, mas um ponto de partida a ser aperfeiçoado e replicado neste processo de livre constituição desta Rede Social.

Com este Banco Social o ReCivitas pretende demonstrar que é possível ultrapassar os paradigmas de políticas econômicas de classe: “de pobre para pobre”; “de rico para pobre”; (ou a pior), “de rico para rico”. É possível inaugurar política econômica universalista e libertária, de garantia de fato de direitos humanos e de exercício pleno da cidadania.

O desenvolvimento desta tecnologia social formada por: Banco Social da RBC; comunidades democráticas; e Rede de Seguridade, não se destina a “reduzir o fardo” do poder público, ou substituí-lo no cumprimento de seu dever; nem muito menos se propõe a eximir as grandes empresas e fortunas de sua responsabilidade social (ou falta de). Não vem para compensar acumulação de riquezas, nem para aliviar deveres públicos, é exercício de livre iniciativa, verdadeira porta de saída da passividade; da reclamação a ação; é a transformação do cliente-consumidor em investidor-cidadão.

O que na prática abre a possibilidade para que possamos financiar nossa própria segurança social, pela simples garantia a todos de uma renda incondicional através da associação para aplicação conjunta de nosso próprio capital financeiro, isto é, nossas economias, poupanças.

Sim, podemos bancar nossa própria seguridade diretamente, ao invés de pagarmos e esperarmos a vida inteira ou uma adversidade para começarmos a receber aquilo que é nosso por direito; e não como assistência, mas como o rendimento de um investimento social. Um investimento no próprio cumprimento da finalidade primordial de todo Pacto Social! –através de uma tecnologia social mais ampla e efetiva para a neutralização a violência antes de sua deflagração, simplesmente através da erradicação de suas principais condições geradoras: a miséria e a privação.

Em linhas gerais, eis a meta desta nova instituição financeira sem fins-lucrativos destinada ao financiamento da RBC, microcrédito e economia solidaria em sociedades livres. Partindo do princípio que o contribuinte não precisa renunciar ao seu capital; ao contrário, pode e deve receber o rendimento de seu investimento financeiro, humano e político. Recebendo o retorno financeiro de suas economias aplicadas exatamente como em qualquer instituição financeira ou banco, porém com a certeza que nenhuma parte dos valores geridos e gerados será distribuída a acionistas ou “donos”, nem se prestará a especulação financeira. Certeza que só processos transparentes e democráticos podem conferir de que o capital será aplicado nos setores produtivos, éticos e pacíficos da sociedade.

Investimentos cuja parcela acordada do rendimento das aplicações é sempre destinada ao pagamento da RBC. Prioritariamente em comunidades regidas pelos princípios da universalidade, democracia direta e autodeterminação, até a difusão gradual para todos, absolutamente todos os membros de nossa comunidade maior chamada Brasil; e por que não também, para aquela comunidade que naturalmente e inegavelmente pertencemos desde o nosso nascimento, a Humanidade.

[1] Modelo Liberal (Competitivo) x Modelo Libertário (Cooperativo)

Liberalidade = (capacidade + oportunidades – proibições) ⁄ (n competidores no livre mercado).

Liberdade Ideal = (capacidade + oportunidade + direitos) * (n membros livres da sociedade).

Liberdade = (capacidade + oportunidade + segurança) * (n de membros livres da comunidade) ⁄ (n competidores no livre mercado).

[2] Vide Relatório Semestral do Consorcio da RBC em Quatinga Velho.

[3] Direito de todo individuo a uma renda incondicional correspondente ao suficiente para a garantia de uma vida digna.

[4] Condições ou exigências desnecessárias, que não contribuem a realização da finalidade de uma ação.

[5] Lei Federal 10.835 de 8 de Janeiro de 2004.

[6] São os próprios membros da comunidade que reconhecem quem são seus pares.

[7] Não há representantes, cada cidadão representa a si mesmo nas reuniões.

[8] 25 de Outubro de 2010.

[9] As doações são destinadas integralmente ao pagamento da RBC.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

BASIC INCOME GUARANTEE BANK

Basic Income Guarantee Bank

Um banco para a renda básica de cidadania

Dia 25 de outubro de 2010 completar-se-ão 2 anos de Consórcio da Renda Básica de Cidadania em Quatinga Velho. Após testemunhar os resultados não de um, mas de 25 pagamentos mensais de uma Renda Básica Incondicional nesta comunidade, é para nós do ReCivitas impossível não reconhecer sua importância fundamental para a constituição de uma sociedade mais justa e cada vez menos violenta. É impossível não defender a instituição de uma Renda Básica Universal não apenas como um direito civil ou econômico, mas como um direito humano, para além de fronteiras e barreiras de nacionalidades. E acima de tudo é para quem por livre iniciativa assumiu essa responsabilidade, junto a todos aqueles que contribuíram para a experiência – impossível, depois de testemunhar todo o desenvolvimento humano promovido por este capital, parar de lutar com todas as forças que temos, e que não temos, para que este ciclo de confiança e desenvolvimento como liberdade não seja interrompido.

Entretanto toda esta disposição para trabalhar pela conquista e promoção desse direito não basta para garanti-lo de fato, pois a questão central permanece: Como? Como financiar a RBC?

"Não há recursos" - é a resposta recorrente, ou pelo menos a resposta recorrente daqueles suficientemente esclarecidos da impossibilidade de sustentar uma sociedade sem violência enquanto há pessoas sobrevivendo sem a mínima condição de fazê-lo. Como? Pois é, como?

Eis a pergunta que deve ser feita, mas não como financiar a RBC, e sim como se alegar o absurdo de que não há recursos - e ainda acreditar em suas próprias palavras.

Não vale apena nem entrar na questão do resgate trilionário das instituições financeiras pelos governos mundo afora, tomemos apenas a economia brasileira: não é só má-fé afirmar que não temos recursos para garantir as condições básicas para o exercício da cidadania, é absolutamente ridículo fazê-lo e acima de tudo crê-lo.

Mas lamúrias não podem ser consideradas uma expressão da disposição que aqui mencionamos para lutar por direitos. Processar governos para que cumpram seu dever pode até ser considerada uma expressão válida desta vontade, mas somente onde existe um verdadeiro estado democrático de direito. O que infelizmente por experiência de causa somos obrigados a considerar, para usar de um eufemismo, inviável. E a quem quiser, ou melhor, puder discordar, que venha até nós com disposição para a ação para que possamos exercer nosso direito de acesso à justiça e checarmos juntos o quão democrático ou de direito é o nosso Estado.

Porém, sinceramente não acreditamos mais que este seja o ponto. Porque desta porta que se fechou, e da insistência (teimosia) em buscar novas saídas, muitos conceitos se consolidaram, sendo que nossa convicção na Liberdade, não liberdade de proibições ou permissões, mas a Liberdade verdadeira, do poder para se realizar, se tornou inabalável, assim como nosso respeito pelo espírito da Liberdade.

Ora, se defendermos a liberdade individual daqueles que recebem a renda, porque não defenderemos o respeito a esta mesma liberdade para aqueles que financiam? Lembrando que sendo universal, serão os cidadãos, cada qual na medida de suas possibilidades e necessidades, sempre os mesmos que pagam e recebem. Não há e nem poderia haver separação por qualidade, mas apenas diferença de condições.

Evidentemente que não somos fundamentalistas para irmos contra uma renda básica financiada por impostos, principalmente se ao invés de criarmos novos nos atermos primeiro aos que já são arrecadados, pois são bem mais do que suficientes. Porém não podemos nos esquecer que a RBC é definida não apenas pela sua forma de pagamento, mas também pelo seu modelo de financiamento, neste caso tributário. Tributos que podem interferir com a essência de uma RBC a ponto de transformá-la em mera compensação, ou pior, mera reparação muitas vezes até mesmo inferior ao montante da tributação que incide justamente sobre gêneros de primeira necessidade.

Ademais temos recorrentemente defendido a RBC como instituto de seguridade social base à constituição de estados de garantia de direitos humanos por sociedades livres, literalmente, como a base de um novo contrato social não-coercitivo fundado na extinção da violência pela neutralização de sua fonte primordial: a privação dos recursos e condições necessárias a preservação e desenvolvimento da vida e seus meios (Liberdade).

Mas sinceramente não sei qual caminho poderia ser mais utópico: se discutir a reformulação dos pactos sociais ou a reforma dos modelos tributários...

De qualquer modo o que importa é que em todos os casos é impossível se conseguir estas conquistas com canetadas, o movimento deve se estabelecer no seio da sociedade; cabe ao estado apenas ratificá-lo se legítimo, ou negá-lo se autoritário. Contudo, é importante lembrar que as demandas não podem ser abstratas ou mesmo parcialmente concretas, precisam sim ser completas, pois é inútil clamar aos governos por soluções, a essência deles não é inovar, mas regular. Não podemos pedir ao Rei que crie, mas apenas que adote ou no mínimo não mate a criação.

Disto devemos reconhecer a validade das críticas da exeqüibilidade da RBC, ou a até mesmo quanto a sua ingenuidade. E dentro deste raciocínio cabe ainda a pergunta: Mas não seria ainda mais ingênuo pensar em instituir a RBC por contribuições voluntárias?

Não. E o que nos impede de renegar essa possibilidade é a confiança que nos foi depositada por pessoas de todas as partes do mundo dispostas a dar início a esse movimento. Aliás, já deram e os dois anos de contribuições ao Consórcio em Quatinga Velho não nos permitem esquecer isso.

Se o projeto padece de falta de recursos não é por "falta de solidariedade" nem muito menos "por excesso de escrúpulos e transparência", mas é porque o modelo que permitiu sua viabilização e seu início é também o mesmo que determina seu limite hoje: as doações.

O problema não está no fato das contribuições serem voluntárias - via de regra a liberdade nunca é o problema, mas a solução. O problema está que o modelo de financiamento por doações não é sustentável, ou melhor não é auto-financiado. O mais precisamente é apenas um processo, quando o que precisamos é de um sistema.

Isto não quer dizer que acreditamos que o sistema de financiamento deve ou possa ser um moto-perpétuo, ou pior, que entrara em movimento sozinho, sem o impulso de nenhum capital. Apenas estamos dizendo que o instituto da RBC não é só perfeitamente capaz de pagar pelo capital nela investido, mas como também de dar um retorno muito maior. E não estamos falando aqui apenas de retorno do capital social, mas do capital financeiro, ou seja, o velho e conhecido lucro.

Ora, é evidente que este não é o objetivo da RBC nem pode ser muito menos das instituições que a financiam. É evidente que não podemos reduzir a RBC a um commodity social do crescente mercado de investimento em responsabilidade social e ambiental. Mas não podemos também dizer que a possibilidade de lucro seja um problema, principalmente se este lucro for redestinado justamente para o pagamento da RBC.

Basta portanto que esta instituição não distribua esses rendimentos na forma de lucros e dividendos, mas o reinvista integralmente para que se mantenha a integridade e o cumprimento da finalidade da instituição: financiar projetos da RBC em comunidades políticas. Ou seja, um Banco Social para a Renda Básica de Cidadania.

Esta solução difere do fundo permanente que vemos tentando formar em alguns pontos importantes:

1. Os Fundos são de Investimento, permitindo o resgate do capital mais os rendimentos previstos em contrato.

2. Os Investidores não precisam ser corporações, mas depositários de qualquer montante.

Nada impede, portanto, que o Banco forme fundos permanentes com capital próprio, nem que hajam investidores de grandes montantes; o importante é abrir a possibilidade a cidadãos com pouco capital (nosso caso e o da maioria) para que possam financiar a sua própria RBC e a de todos pela associação de suas economias, sem renunciar ao capital que já possuem, nem comprometê-lo por tempo indeterminado.

Sim, podemos financiar a RBC com os rendimentos de nossas próprias poupanças através de instituições financeiras e bancárias, porque não?

Não com impostos sobre instituições bancárias, mas sim de uma associação de Investidores-Depositantes. O capital não pertence ao ReCivitas, nem ao Banco, mas continuam pertencendo aos investidores que exerceriam o controle da melhor forma possível: não demandando, mas exigindo mais eficiência e transparência para continuar financiando.

Outro elemento importantíssimo, são as possibilidades que se abrem para autodeterminação da RBC pelas comunidades, podendo até no futuro desenvolver instrumento de pagamento não apenas igualitário, mas equitativo, respeitando não apenas as particularidades de uma localidade, mas de cada indivíduo em comum acordo com os membros de sua comunidade.

Será possível também decidir fornecer instancias de decisão para que as comunidades definam a percentagem de sua contribuição sobre os rendimentos ajustando diretamente o valor da RBC a disponibilidade de recursos da própria comunidade. E quando um número considerável de depositantes e comunidades estiverem presentes no sistema será possível cobrir eventuais defasagens na RBC ainda que toda a comunidade seja afetada, ou aumentar o valor em caso da necessidade de reconstrução ou recuperação da economia ou infra-estrutura de uma determinada comunidade, formando uma verdadeira rede de seguridade da RBC entre as comunidades políticas federadas.

Será possível, dependendo do grau de abrangência da associação: quanto menos segregada, quando menor for a segregação de classes, maior a possibilidade de estabelecimento imediato de uma RBC auto-financiada. Isto pela simples disposição de todos os membros da comunidade em pagar e receber uma RBC de acordo com um percentual igual contratado por todos, formando gradualmente seu Fundo Comum.

Tanto maior será a possibilidade de sucesso desta associação quando mais ampla for a associação, não apenas entre os indivíduos comprometidos com a comunidade política, mas com o comércio, empresas da localidade; enfim todas as pessoas jurídicas de fins lucrativos, chamadas a contribuir com uma parcela de seus lucros para a constituição desta rede de seguridade. Chamadas e não coagidas, porque tudo o que é necessário é a livre competição destes com os negócios capazes de aproveitar a vantagem que será a preferência da comunidade aqueles que contribuem com sua parte para a segurança, sua e de todos, com a RBC.

Da parte do Banco, conforme o desenvolvimento das comunidades, poderá progressivamente investir também em microcrédito, fornecendo capital para os pequenos empreendedores que surgem naturalmente nas comunidades da RBC, com a vantagem ainda de potencializar o sucesso destes microempreendimentos pela própria injeção de capital advinda da RBC. Esses microempreendedores juntamente com outros não necessariamente inseridos em comunidades da RBC - mas necessariamente dentro dos princípios da economia solidária - poderão se constituir em um mercado, permitindo que os próprios investidores e financiadores da RBC banquem os projetos de RBC em novas comunidades não pela transferência direta de rendimentos, mas pela compra destes produtos com moeda social criada com este fim.

Com o crescimento deste mercado social, o investidor poderá receber parte do rendimento de seu capital na forma desta moeda social. E a RBC que em princípio era bancada pelas “taxas administrativas”, passa a ser financiada com o próprio “câmbio” da moeda social. Funcionando na prática como um sistema de financiamento muito mais eficiente do que qualquer tributo.

Do ponto de vista legal a titulação de OSCIP e as cláusulas estatutárias do ReCivitas nos permite adotar essa solução. Mas esta é uma realização que não pode em absoluto ser efetuada de forma isolada, ou mesmo dentro dos limites culturais de uma única nacionalidade. Necessitam de diferentes capacidades, pontos de vista, criatividade, mas um mesmo objetivo e vontade: colocar em prática esse instrumento de garantia dos direitos humanos a vida, liberdade e capital. Colocar de pé este Banco.

Neste exato momento, o ReCivitas está formando uma equipe para trabalhar na constituição desta instituição financeira com finalidade social, e estamos abertos a todos que queiram participar e contribuir para a criação deste Banco Social para a RBC. Vislumbrando o futuro e pavimentando o caminho em direção ao desenvolvimento de toda a potência desta instituição, mas ao mesmo tempo com os pés no chão, sem jamais esquecer de onde vem toda a nossa força para esta empreitada: Quatinga Velho.

O Banco nasce, portanto não apenas com uma finalidade maior, mas com uma missão imediata e urgente: tornar auto-financiada esta pequena comunidade, mesmo porque ela é a célula-modelo, perfeitamente passível de ser replicada, modificada e aperfeiçoada para a disseminação em rede da Renda Básica Universal.

Sim, um Banco Social, nossas economias podem financiar uma rede de seguridade internacional que garanta o direito de todos seres humanos ao capital necessário para garantir uma vida em liberdade, um Banco para financiar a RBC, porque não?

Marcus Vinicius Brancaglione

Diretor do ReCivitas

Setembro 2010

Introdução ao Pensamento Libertário

Curso

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO LIBERTÁRIO

1. Desobediência civil

2. História do Movimento Libertário

3. O Leviatã

4. Nazismo, Fascismo, Totalitarismo e Autoritarismo

5. Pedagogia da inspiração

6. Propaganda pelo ato

7. Condição, Condicionalidade e Universalidade

8. Arte e liberdade

9. Individualismo e Coletivismo

10. Utopias x Protopias

11. Democracia direta

12. Anarquia e Panarquia

13. Ecologia, Ecofascismo e NeoMalthusianismo

14. Patriarcado, Feminismo e Igualdade

15. Pré-história do Libertarianismo

16. Diógenes de Sinope

17. Antífon

18. Libertários x Autoritários

19. Aristóteles, Hobbes, Rousseau x Kropotkin

20. Velho testamento x Taoísmo

21. Cristianismo e Libertarianismo

22. Segurança como liberdade

23. Violência x Liberdade

24. Desenvolvimento como liberdade

25. Capital

26. Confiança e reciprocidade

27. Pedagogia libertária

28. Federalismo

29. ONGs: corporativismo x Libertarianismo

30. Darwinismo, Eugenia e Simbiogênese

31. Socialismo libertário x Socialismo autoritário

32. O Libertarianismo no Brasil

33. Escravidão assalariada

34. Libertarianismo aplicado

35. Sistemas Livres

36. Cooperação competitiva

37. Cidadania tutoriada x cidadania plena

38. Liberalismo, Comunismo e Libertarianismo

39. Direitos humanos e Cosmopolitismo

40. Sociedade x Estado

41. Moedas, bancos e liberdade

42. Pobreza

43. Redes e Sistemas

44. Falansterios, comunidades e os anos 60

45. Livre iniciativa, responsabilidade e cidadania

46. Rock’n roll e Libertarianismo

47. Psicologia libertária: amor e liberdade x desejo e poder

48. Sexualidade, propriedade e tabula da cornatura

49. Pirataria x propriedade intelectual: copyleft x copyright

50. Experiências libertárias

51. Prática libertária

52. Liberalismo, Anarcocapitalismo

53. Antroposofia e liberdade

54. Política e liberdade

55. Religião e autoritarismo

56. Felicidade, liberdade e existência

57. Ensino x aprendizado

58. Holocausto, controle populacional


Palestrantes:

Marcus Vinicius Brancaglione dos Santos

Bruna Augusto Pereira

Curso:

Cada item representa palestras de até 2horas.

O conjunto das palestras, de maneira ordenada, forma o curso de Introdução ao Pensamento Libertário que consiste na utilização e análise de escritos clássicos e outros, de pensadores, revolucionários e filósofos.

Faixa etária livre. Escolaridade livre, porém requer boa compreensão de textos.

Classes com número ilimitado de alunos.

Material necessário para apresentação: Projetor e microfone, porém não são imprescindíveis.


Mais informações recivitas@recivitas.org.br