sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ficção cientifica e Redes

Em São Lourenço conversando com meu amigo Marcelão sobre redes, Universo e Deus, lembrei-me de um trabalho de escola chamado “Expansão” que enviei para o concurso cientista do futuro do CNPq, ou algo assim, quando tinha 14 anos. Inspirado na leitura do livro “Uma breve historia do tempo” de S. Hawking, o trabalho propunha como “hipótese” que a expansão do Universo não era produto do BIGBANG, mas sim de uma “força” tão natural quanto a gravitação, a tal expansão. Sempre me pareceu que havia mais do que a mera pressão atmosférica na brincadeira de prender um copo sem ar na boca. Com o tempo finalmente aprendi quão ridículo é uma pessoa defender publicamente esse tipo de idéia maluca sem ter nenhuma autoridade. Só para desaprender tudo de novo e voltar a acreditar que aquelas coisas tão absurdas e ridículas talvez não sejam tanto assim. Confesso que jamais desacreditei completamente delas, ou passei a acreditar piamente no BIGBANG, ou qualquer outra verdade ou bobagem dependendo do seu status quo; o fato é que passei a considerar esses assuntos como o faz a grande maioria sensata da humanidade, “não dá a mínima para isso”. Contudo, como já disse a luz da teoria das redes, a hipótese que o universo não tenha tido necessariamente um principio, enfim volta a fazer sentido. De fato, tomando o universo não como um mero conjunto de tudo aquilo que existe, e sim com a própria estrutura espaço-temporal que auto-organiza sua complexidade, o fenômeno observado na expansão não é propriamente mais nominado como força, mas muito mais adequadamente como dinâmica. A expansão, e poderíamos estender essa lógica a própria gravitação, são fenômenos ou dinâmicas decorrentes do principio de entropia. Logo: 1º Se considerarmos que o universo é um sistema aberto, ou seja, um espaço infinito ou rigorosamente ilimitado. E 2º se tomarmos por definição de rede não apenas a estrutura distribuída, mas a estrutura que se arquiteta ou se auto-organiza de forma a se distribuir. Podemos ter um universo se expandido em condições bastante similares as que observamos. De fato este é um principio que se aplicaria não apenas aos corpos celestes, ops, ou melhor a rede de corpos celestes, mas a qualquer estrutura matricial regida por uma distribuição randômica ou aleatória. Em tese, é possível prever evidentemente de forma não-determinística, isto é, considerando o principio da incerteza ou a certeza de que alteramos a trajetória dos fatos com nossas previsões, os potenciais futuros de uma rede, ou em termos mais adequados projetá-los. Rigorosamente não há um padrão aleatório,mas sim um padrão de complexidade que não está compreendida em nenhum dos padrões conhecidos, e eis o limite da previsibilidade dos sistemas através da reiteração dos padrões conhecidos. A chave ou os limite para a previsibilidade do sistema é a eliminação de todos os padrões, não-aleatórios, conhecidos pela pressuposição que o sistema seja aleatório. De fato toda essa analise poderia ser resumida por um único princípio: o de distribuição entrópica dos elementos no espaço-tempo, simulando o comportamento da rede no sistema matricial. Em outras palavras, Deus não joga dado, é só a rede se movendo, estúpido. ⒶRobinRight – Marcus Vinicius Brancaglione dos Santos

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